Por Jornal Tablóide

Existem casos inexplicáveis, até mesmo para o cidadão comum, desinformado, incauto, que quando atenta para determinado fato, percebe impossível de convencimento, ou seja, de se convencer, como que tomado de hipnose.

     O favorecimento particular de funcionário público, direcionando com dolo aquilo que deveria ser público para seus pertences, em desfavor de uma população inteira em um programa de governo impossível de se apontar seja de apenas um, mas aparentemente de um grupo de pessoas influentes e determinadas, nunca podendo dizer que não perceberam ou não tiveram conhecimento dentro de um procedimento rigoroso no planejamento político, técnico e contábil, é no mínimo hilário o entendimento que apenas com um afastamento provisório a população se aquiete, se contente com a solução e se esqueça do restante.

     Com uma máquina pública completamente tomada por militantes de dois partidos maiores e alguns pequenos que brigam por melhores colocações dentro do grupo, pisando uns nos outros sem se aperceberem das necessidades políticas do chefe do Executivo, que aqui inclui obras e serviços de importância, interesses públicos e bem realizados, com qualidade e seriedade para que não sejam martirizados pela opinião pública direcionadas pelos formadores de opinião atentos aos mais leves deslizes, com peças “importantes” já atingidas mortalmente pelo Judiciário torna-se o Executivo uma peça de tabuleiro prescindível, descartável, quase moribunda, no aguardo da tacada fatal de possíveis concorrentes que surgem oportunistas.

     A preocupação nesse sentido é pequena, são obras intermináveis, que se arrastam pelo tempo em meio às críticas da população e que nem por isso são levadas a sério, demonstrando falta de seriedade para com o trato do dinheiro público, assumindo de certa forma entre os deslizes dos grupos e políticos que orbitam a Administração, os defeitos da cidade e as impressões de um povo já calejado pelos impropérios administrativos, sem se perturbarem com as supervalorizações de obras e até serviços que diluem os ganhos públicos antes de chegarem ao destino final, e pior, a morosidade e até inércia no combate à corrupção.

     A arrogância, prepotência e indiferença de alguns chega a extrapolar as divisas administrativas para alcançar as ”rádios corredores” que distribuem graciosamente, com humor, sarcasmo, raiva e até piedade de alguns contrários, com apontamentos diversos que atingem direta e indiretamente o Executivo de forma implacável, prenunciando uma possível troca de Administração dependendo dos resultados de certos setores, apontando praticamente um racha amigo, até mesmo oriundo do próprio e temível “fogo amigo”, o pior dos inimigos.

     Uma, entre as outras, notícias de corrupção dentro da Administração envolvendo valores e procedimentos escusos que propiciam enriquecimento ilícito de integrantes do ainda grupo que ameaça implodir diante da corrida pelo poder e dos interesses particulares se somam as notícias de afastamento “que dizem nos bastidores, ‘para cidadão ver’, numa camuflagem barata diante do tamanho da fraude” na tentativa, sem qualquer desespero, sem pressa, de convencer o Executivo de que está tudo bem perante a população enquanto o castelo de areia é alvo de uma torrencial chuva de desatinos que mais parecem granizo.

     Da mesma forma no Legislativo, impondo a população o contrário daquilo prometido em campanha, quando os eleitores acreditaram em seus então eleitos, que na certa trabalhariam pelo bem da população, fiscalizando, defendendo e representando dignamente, agradecidos pela oportunidade e pelo salário recebidos desse povo.

     Ledo engano. Se alguém imaginou que seriam representados, como sempre a falácia se repete. Nem mesmo as notícias sérias do que acontece na Administração Pública, tanto de Legislativo como de Executivo, se dignam apresentar, cada qual com uma desculpa que se diga, até mesmo criminosa.

     A tendência, nesse caso, nada mais é que implodir financeira e moralmente uma cidade, silenciosamente, com a dor dos atingidos representada na Saúde e Educação, no Saneamento, nos Serviços Sociais, na Infra Estrutura e outros setores da cidade os quais dependem a população que nem pode almejar um futuro ameno, mas sombrio diante dos acontecimentos