PREFEITURA E CÂMARA IGNORAM PEDIDOS DOS SERVIDORES
Por Agência JP2
Para decepção e revolta dos servidores públicos municipais, a Prefeitura e a Câmara Municipal resolveram deixar de lado as negociações salariais e simplesmente ignoraram a pauta de reivindicações da categoria, definida em assembleia pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de Ourinhos.
Em um ato nenhum um pouco democrático, a prefeita Belkis Fernandes deve encaminhar na próxima segunda-feira aos vereadores a proposta de reajuste salarial que foi rejeitada pela categoria em assembleia realizada no último dia 10 no Clube Atlético Ourinhense por não atender boa parte das reivindicações.
A diretoria do Sindicato dos Servidores tentou reabrir as negociações com a Administração Municipal, que simplesmente fechou as portas para uma nova tentativa de acordo entre as partes. Para o presidente da entidade, Edinilson Ribeiro, a prefeitura faltou com respeito com o Sindicato, que há dois meses vinha se reunindo com a prefeita e com os seus secretários para tentar chegar a um denominador comum para a campanha salarial. A prefeitura simplesmente nos deu as costas, encerrou as negociações por conta própria e vai encaminhar uma proposta que não concordamos, que foi rejeitada pela categoria. Não houve a menor sensibilidade por parte do Executivo para uma nova conversação, apenas nos ligaram para comunicar que o projeto seria enviado para votação no Legislativo. Foi uma postura extremamente autoritária, que fere os preceitos da democracia. Nosso sindicato existe, representa mais de 3 mil servidores na cidade de Ourinhos e precisa ser respeitado, declarou o sindicalista.
Em uma atitude semelhante, o presidente da Câmara Municipal, Lucas Pocay, também resolveu atropelar as negociações salariais dos servidores do Legislativo. No dia 26 de março, a diretoria do Sindicato realizou reunião com os funcionários no plenário da Casa. Em consenso, foi aprovada uma pauta de reivindicações e entregue à presidência da Câmara de Vereadores. Apesar das inúmeras tentativas, o Sindicato não conseguiu nenhum tipo de contato com o chefe do Legislativo para tratar do reajuste. Protocolamos um pedido de reunião na Câmara e ligamos diversas vezes para o presidente Lucas Pocay, que não nos atendeu. Por conta própria, sentou com os funcionários da Casa e fez a sua própria proposta, desrespeitando o que já havia sido discutido e formalizado anteriormente, lamentou Edinilson.
Para a diretoria do Sindicato dos Servidores, essas atitudes demonstram claramente a falta de interesse em proporcionar a devida valorização profissional a todos aqueles que trabalham diuturnamente em prol da cidade. I
infelizmente constatamos que os belos discursos de valorização dos servidores ficam limitados apenas ao período de campanha eleitoral. Depois disso, somos ignorados e esquecidos pelo poder público, concluiu Edinilson.