Por Agência JP2

A nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Ourinhos e Região está lutando de todas as formas para que as propostas de sua pauta de reivindicações sejam acatadas pela administração da Santa Casa de Misericórdia de Ourinhos. As negociações tiveram início no mês de maio por intermédio do Sindhosfil (Sindicato das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo), órgão que representa o setor patronal, mas não houve avanço na discussão dos índices reivindicados.
Os funcionários do hospital pleiteiam 8% de reajuste salarial e aumento de R$ 28,00 no valor da cesta básica. Em contraproposta, o Sindhosfil estabeleceu um limite de 7% no reajuste e apenas R$ 5,00 de acréscimo na cesta e não abriu mais oportunidades de diálogo com o Sindicato. “Não aceitamos esse absurdo, propor um aumento de R$ 5,00 é uma grande falta de respeito com a classe trabalhadora. Tentamos agendar outras três reuniões com o sindicato patronal sem sucesso, simplesmente nos viraram as costas”, lamenta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Arão dos Anjos Costa.
Para dar continuidade às negociações e colocar de vez um fim na espera dos funcionários do hospital, a diretoria do Sindicato se reuniu na manhã de segunda-feira, dia 09, com representantes legais da Santa Casa de Ourinhos. Alegando falta de recursos no orçamento, a instituição propôs cobrir a reposição inflacionária de 7,16%, a partir de 1º de setembro, e elevar o valor da cesta básica de R$ 82,00 para R$ 90,00.
A proposta será apresentada em Assembleia aos funcionários em data a ser marcada. Caso seja rejeitada, o Sindicato adotará medidas mais rígidas para garantir a devida valorização e o reconhecimento que a categoria merece. “Nós cuidados de pessoas, de vidas, não podemos ser tratados com descaso pelos gestores como vem acontecendo nos últimos meses. É claro que preferimos uma negociação justa e amigável, mas se não for possível, vamos nos unir e lutar para fazer valer os nossos direitos. Essa diretoria sindical jamais admitirá qualquer desrespeito com qualquer funcionário”, concluiu Arão.