ACE questiona posição de Ourinhos no plano de flexibilização de João Dória
Para Robson Martuchi, presidente da ACE, enquadramento deveria avaliar situação de cada município e não de regiões – “Saímos perdendo, de novo”, afirmou
A Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos (ACE) não concorda com a forma como o Governo do Estado planejou a flexibilização, conforme declarações do seu presidente, engenheiro Robson Martuchi. “Saímos perdendo, de novo”, reclamou Martuchi.
A principal crítica do presidente da ACE refere-se a fase 2 de flexibilização a qual o município de Ourinhos (região administrativa de Marília) foi enquadrado, apenas uma posição antes da mais restritiva, que abrange a região metropolitana de São Paulo e litoral, onde os indicadores da Covid-19 são os piores de todo o Estado. “Ourinhos ficou no mesmo patamar que a cidade de São Paulo, como isso? Temos número reduzido de casos de doentes e óbitos, por várias semanas ficamos com os melhores índices da região de isolamento social, apesar da demora já conseguimos liberar mais 10 leitos de UTI credenciados pelo SUS para pacientes de Covid-19, além de outros indicadores favoráveis para que Ourinhos estivesse pelo menos na fase 3, onde ficaram regiões como as de Bauru, Presidente Prudente e Barretos, por exemplo”, argumentou.
Segundo Robson Martuchi, ainda há o agravante de que uma cidade só poderá ascender a uma fase menos restritiva após 14 dias com a comprovação de bons indicadores. “Patinamos logo na saída, isso é péssimo para toda a economia do município”, afirmou. Ele cita que, na fase 2, bares, restaurantes e similares ainda deverão permanecer fechados, enquanto na fase 3 esse segmento já será liberado com restrições.
O presidente da ACE vê com preocupação o chamado Plano São Paulo e diz aguardar providências urgentes por parte da Prefeitura Municipal, considerando que o documento delega autonomia para municípios contestarem essas posições, apresentando dados que justifiquem um novo e melhor enquadramento. De acordo com o Governo do Estado, “Prefeitos deverão apresentar fundamentação científica para liberação que cite fatores locais relacionados ao município”. Na opinião do presidente da ACE, Ourinhos não pode perder um segundo sequer nas providências que lhe competem, de forma que haja um reverso na situação o mais imediatamente possível.