Tendências de consumo na era pós pandemia
Os consumidores estão mais ansiosos e imediatistas após sofrerem consequências sanitárias, econômicas e financeiras
O período pandêmico trouxe consequências no bolso, nos hábitos e na mente das pessoas. O novo perfil do consumidor dá indícios aos empresários de como serão as compras daqui para frente. "Temos uma nova realidade no varejo e o bom disso é que as empresas estão se adaptando as mudanças", destaca o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos, Robson Martuchi.
Pesquisas divulgadas no Latam Retail Show 2021, o maior congresso sobre varejo do Brasil, apontam que as pessoas estão mais ansiosas e imediatistas, pois o brasileiro sofreu com as circunstâncias sanitárias, financeiras e econômicas, refletindo no comportamento de compra.
O evento também destacou conceitos, estratégias e iniciativas que serão tendências no momento da experiência do consumidor:
-Live Commerce: as famosas lives impulsionam vendas de diversos produtos. Comprar on-line durante as transmissões ao vivo já se tornou padrão de processo de vendas. As lojas de varejo têm se aproveitado desta estratégia para liquidações e pontas de estoque.
-Marcas próprias: a ascensão de marcas com os produtos próprios, principalmente nos supermercados. O consumidor, com a crise sanitária e econômica, compra somente os produtos que realmente precisa para controlar os gastos. E as marcas próprias oferecem um valor mais acessível criando a fidelização com o cliente.
-ESG: em inglês a sigla significa Environment, Social e Governance, isto é, sobre práticas ambientais, sociais e de governança que vêm recebendo uma maior atenção mundial. Pois, está ligado com negócios sólidos, de baixo custo e de resiliência contra riscos relacionados ao clima e sustentabilidade. O ESG é a oportunidade de aumentar o valor de mercado.
-Consumidores cansados: as pessoas precisaram renunciar a alguns hábitos de consumo, principalmente os que estavam ligados a viagens e lazer. Por isso, o foco do consumidor está nas compras de curto prazo, como os itens pessoais, roupas, calçados e cosméticos. O objetivo, a partir de agora, é priorizar os seus desejos.
-Dark Warehouse: os centros de distribuição de mercadorias estão enfrentando dificuldades em relação ao prazo de entrega dos produtos. E é em razão deste problema que está iniciando o dark warehouse, uma espécie de padrão de entregas em 24 horas com o uso de armazéns que funcionam sem a necessidade de funcionários operando no interior, pelos processos serem automatizados. São espaços orientados por softwares podendo haver intervenção de humanos em mínimos processos, como no recebimento do produto, na hora de embalar e rotular.