Coragem, determinação e trabalho marcam trajetória de sucesso empresarial de Winston Khatchik Edirnelian
Continuando com a série de entrevistas realizadas pela ACE Ourinhos em comemoração ao Dia do Comerciante, vamos contar a história do empresário Winston Khatchik Edirnelian, que há quase seis décadas está a frente do Grupo Winston.
81 anos. Incansável, vibrante e com eterna sede de aprendizado. Com 15, chegou ao Brasil vindo do Cairo com a família. Aos 19 conheceu Ourinhos e escolheu a cidade como seu lar.
Sua especialidade, bombas injetoras, aprendeu 1957 em São Paulo e nunca mais parou. “Dia 9 setembro de 1957 entrei nessa profissão de bombas injetoras. Aprendi uma base teórica sólida e posso afirmar que, até hoje, tem gente de grandes multinacionais que não sabe o que eu sei”.
Pouco antes de se firmar em Ourinhos, ainda com 19 anos, Winston já comandava em São Paulo uma equipe de 14 pessoas. “Como fazia o que eu gostava, fui aprendendo cada vez mais. Não sabia a Língua Portuguesa, mas fui conhecendo com os motoristas dos caminhões que tirava a bomba”
Ele diz que teve sorte, pois um Italiano que a família conheceu no navio que os trouxe para o Brasil abriu as portas para a profissão e também para Ourinhos. Disse também que teve sorte porque técnicos muito bons o ensinaram o ofício, mas, a verdade é que a determinação e força de trabalho de Winston o fizeram erguer um grupo de empresas especializadas e conhecidas muito além das fronteiras de Ourinhos.
Casado, pai de três filhos e avô de duas netas, afirma categórico que a família vem sempre em primeiro lugar. “Quando conheci minha esposa, falei para o meu sogro que só ia casar quando tivesse minha empresa própria. E foi assim que aconteceu”.
O amor à família também fez com que trouxesse os pais para Ourinhos. “Queria também que minha irmã viesse, mas ela mora em Jundiaí, está feliz lá”.
Empresário de sucesso, consolidado, a trajetória de Winston também é marcada por sua disposição em ajudar ao próximo.
Foi vereador, presidente do Rotary inúmeras vezes, apoiador de diversos clubes da cidade e continua com seu trabalho social. “Não fui acolhido onde nasci, então faço pela cidade que me acolheu”.
Autodidata, trilíngue, é também gestor formado em Administração pela UNIFIO em 1976. Winston tem sede por conhecimento. “Sinto necessidade de aprender, fui da segunda turma de administração da FIO. Se precisar, fico até a noite trabalhando até descobrir o problema da peça. Continuo me qualificando, para ter ideia até 5 anos atrás, não gostava nem de trocar lâmpada e, agora, estou aprendendo eletrônica”.
Parar ou desistir, não fazem parte do vocabulário de Winston. “Uma coisa que passa de geração em geração na nossa família: a gente nunca desiste. Podem querer me derrubar, como muitas vezes tentaram, mas eu nunca desisto”.
E enfrentar continua sendo um verbo presente na vida do empresário, que precisou batalhar para vencer a COVID. “Foram 14 dias internado, cinco em estado crítico, mas eu venci. A vida me ensinou muita coisa e eu vou continuar enfrentando”