FONTE: JPOVO.COM.BR

A secretária municipal de educação Maria Tereza Paschoal concedeu entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (27) para esclarecer os motivos da interdição do prédio da Assoprami (Associação de Proteção à Maternidade e Infância). O representante da Defesa Civil de Ourinhos, Harald Adolf Schar, também participou.
Maria Tereza explicou que durante a forte chuva ocorrida na tarde de sexta-feira (22), as equipes da Secretaria de Educação e da Defesa Civil estiveram na Assoprami para verificar as condições prédio. "A situação estava crítica, havia muito vazamento. Diante disso, o local foi interditado. Já eram aproximadamente 16h45. A partir das 16h30 os pais já começam buscar seus filhos na escola. Os funcionários entregaram as crianças pela porta lateral, pois onde fica a porta da frente já estava bem cheio de água", relatou.
Em 2009 a então secretária de educação Maura Balbinot, em reunião com o Conselho Municipal de Educação, informou que a Assoprami iria fechar em razão de dívidas trabalhistas e que o Ministério Público havia sugerido que a Secretaria de Educação assumisse as atividades educacionais oferecidas pela entidade.
Com a decisão de continuar o atendimento às crianças, uma estrutura precisou ser criada. Diretor, coordenador, professores e funcionários municipais passaram a trabalhar no local. A intervenção impediu o fechamento da associação. "A Assoprami sempre foi uma creche diferenciada em razão do atendimento em período integral para crianças de até 5 anos", ressaltou Maria Tereza.
Na mesma reunião, na época membro do conselho, Maria Tereza questionou sobre as condições estruturais do prédio. Em resposta, conforme consta em ata do dia 30 de janeiro daquele ano, segundo a professora Maura o local teria passado por reformas, no entanto informou que o atendimento seria transferido em breve para outras creches. Isto não aconteceu.
Atualmente, em razão do prédio já ter ido a leilão, a Prefeitura ficou impedida de realizar grandes reformas e com a provável aquisição pela Santa Casa, outra atividade será executada a partir de 2014 no local. Desde setembro os pais estavam informados que a partir de 2014 os filhos seriam transferidos para outras creches. Infelizmente, a forte chuva antecipou em alguns dias o fechamento da entidade.
A partir desta quinta-feira (28) todas as crianças, aproximadamente 80, voltarão às atividades. Aquelas de até 5 anos foram distribuídas em quatro creches de período integral: Manoel Bandeira, Viriato Correia, Judite Leônidas e Angelina Perino. Recursos e funcionários foram realocados para atenderem a nova demanda. De acordo com a secretária, não houve mudança no tempo de atendimento de nenhum aluno.