Lucro com o loteamento teria sido de mais de meio milhão de reais.

Por mais que se esconda, a verdade sempre aparece, e por maior que seja, mais fácil de cair, mas isso não esconde aquela vontade de fazer e ter um lucro fácil e rápido, embora acredite-se eivado de ilicitudes, mas encorajado pela esperteza de "colocar a propriedade em nome da companheira", quem não arrisca não petisca, certo?

O fato envolveu um secretário municipal da região que comprou 14 terrenos em um município da região, sem qualquer benfeitoria, em um loteamento perto de um rio, negócio esse em local esquecido e que aparentemente não daria lucro à ninguém, porém o secretário evidentemente não é ninguém.

Realizando todas as benfeitorias necessárias e úteis no próprio loteamento, o secretário garantiu a valorização rápida do imóvel, e melhor, não precisou de tanto dinheiro e contratações para a compra de materiais e mão de obra especializada, pois com tudo nas próprias mãos isso aconteceria deixando um lucro líquido de mais de meio milhão de reais, em pouco tempo e após a venda desses lotes.

Ocorre que nem todos os munícipes são tão bobos como se pensa e, na primeira oportunidade, um cidadão levantou documentação probatória da suposta fraude e encaminhou ao Ministério Público, podendo de uma hora pra outra estourar um escândalo na cidade, embora de escândalos o povo já esteja calejado, só faltando alimentar a decisão de preservar o nome dos envolvidos.

Os nomes dos denunciantes, até então, foram preservados assim como o do secretário, mas por quanto tempo? Nessa época de incertezas políticas, não optamos dispensar algo que nos sirva, mas até onde é possível e dentro da forma legal, os vereadores deveriam fazer o mesmo, no mínimo, apontando ao Tribunal de Contas e ao MP, desde que firme em seus propósitos de fiscalizar as contas públicas, mas embora de conhecimento de todos, nada aconteceu, por quê? Também se locupletaram do desvio da coisa pública? 

O favorecimento próprio, o desvio de materiais e mão de obra do poder público, podem levar anos para serem assistidos pelo Ministério Público, pela Prefeitura, pela Polícia, pelo Tribunal de Contas e demais órgãos pertinentes, mas também podem ser rápidos o suficiente para colocar gente na cadeia, a exemplo das operações federais que acontecem atualmente. 

A construção de guias, sarjetas, galerias e asfaltamento, com materiais e mão de obra do Município deve vir a tona dentro de poucos dias, e providências também.

Escândalo, com certeza, comentou o denunciante.